Antônio Cottas, amigo autêntico e incondicional

O sentimento é o apanágio e a mola propulsora da alma. Gastar-se-iam milhares de páginas em volumoso livro para dissecar todos, ou os principais, sentimentos que dinamizam os seres humanos, mas basta citar um, o mais belo, o mais profícuo, que é o sentimento da amizade pura, autêntica e incondicional.

Grandes figuras da história da humanidade souberam pôr em prática esse tipo de amizade que, infelizmente, continua tornando-se raro.

Foi pensando em Antônio Cottas, perante o 14º aniversário de sua desencarnação, ocorrida em 12 de junho de 1983, foi pensando nele, no recesso de meu gabinete, que me senti impelido a divagar sobre a amizade incondicional, porque ele foi um praticante  exemplar desse nobre sentimento.

Falando de Antônio Cottas não poderia deixar de enfatizar com orgulho que ele foi para mim mais pai do que tio e me deu exemplos que me esforço para seguir, embora reconheça que não posso ser igual a ele e nem ter a sua grandiosidade.

Minha querida mãe, sua irmã, também foi por ele criada e educada. Ela casou-se em 1924 no lar de Antonio Cottas e faleceu no mesmo lar, em 1976. Seu casamento foi honrado com a presença do Mestre Luiz de Mattos.

Por isto, todos os anos, no mês de junho, Antonio Cottas será lembrado por mim na primeira página de A Razão. Seu nome será sempre enaltecido, nessa data, em sessão pública na Casa-Chefe e nas casas racionalistas cristãs. Seu nome será sempre consignado em ata da reunião mensal do mês de junho.

A maior homenagem que podemos prestar a esse grande espírito é seguir seus exemplos e lutar pela grande Causa do Racionalismo Cristão.

Jornal A Razão
Finalizo, proclamando: Antônio Cottas, tua Doutrina não soçobrará, porque leis são leis e ela partiu do Espaço Superior, e não do planeta Terra, e, por isso, haverá sempre nos meios racionalistas cristãos aqueles que saberão pôr em prática os sentimentos de amizade autêntica em favor dos nobres ideais da tua Causa espiritualista.

Trechos de artigo publicado na edição de junho de 1997, da lavra de Humberto Rodrigues, então presidente físico do Racionalismo Cristão e hoje seu presidente astral.

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